oooowww. Estou cansada...
E um bocadinho estranha.. Ultimamente parece-me que o meu corpo anda num num tumulto ou numa mudança qualquer, e noto isso na prática. Parece que trabalho com ferramenta nova. Não sei bem de quem são as pernas que deviam esticar, e depois sinto que me perco. Não sei se sinto mais ou menos, sei é que não é familiar. E não é só na prática. Às vezes ponho por acaso a mão numa qualquer parte do meu corpo... e está diferente. Mesmo só a passar a mão pela pele, parece diferente. E tem necessidades diferentes. Eu sei que é uma coisa natural, ao longo da vida o nosso corpo e a nossa pele e o nosso cabelo vão-se transformando, mas mesmo assim... agora sinto muito, porque parece que o meu interior está a mudar com ele (ou o contrário? não sei, está tudo uma confusão). Parece que tudo se cola e se influencia, o corpo, a cabeça, a prática, e as outras coisas na vida, está tudo assim uma mancha.
c-o-n-f-u-s-a-o.
:D
Bem, descobri finalmente o que é pôr o peso na parte interna dos antebraços (ou não é nada assim?) em sirsasana. E os meus cotovelos que se afastavam depois de subir, e as mãos que abriam, e os pulsos que não faziam força nenhuma... oh pois se puser o peso no bordo interior isso não acontece. Só que a base parece que fica mais estreita, e depois tenho menos equilíbrio e cansa mais porque obriga-me mesmo a ter os ombros sempre subidos. Oh. Fora isso, deve estar uma vergonha. Eheh. Acho que também sinto mais ou menos o que é "subir as pernas para longe do tronco" em halasana. Cheira-me que há um ror de coisas que me disseram 500 vezes nas aulas mas que não ficaram muito bem interiorizadas. lol
Já não me lembro de fazer savasana. Quero dizer, deito-me e fico deitada 5 minutos. Mas não tem nada a ver com savasana, fico sempre a pensar em qualquer coisa! Sempre!
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Ui, há tanto tempo que não escrevo nada! Acho que é porque ultimamente ando numa fase esquisita: tanto estou com mil ideias na cabeça, como estou quase em exaustão, e por isso não consigo estruturar nada. A minha prática anda também diferente, um bocado dessa mesma forma. Em termos de quantidade, está mais ou menos na mesma, não consigo aumentar. Em geral, fisicamente na maioria das posturas sinto-me mais flexível. Mas também há outras em que sinto que tenho que fazer mais esforço, como se não tivesse tanta força (por exemplo, sirsasana). Mentalmente, lá está, estou cheia de ondulações!!! Há dias em que estou muito distraída... sinto muito isso principalmente em posturas de equilíbrio. Noutras posturas, acho que o facto de fisicamente não me custarem tanto faz com que me distráia mais facilmente (por exemplo, não me custa tanto fisicamente torcer-me em parivrtta trikonasana, mas perco facilmente o equilíbrio... ou então quando dou por mim estive 5m em sarvangasa com a cabeça a pensar noutra coisa qualquer), mas noutras, acho que estar fisicamente mais confortavel permite sentir coisas que não sentia antes.
Sabendo que pode parecer paradoxal, já se sabe que tenho uma paixão se calhar demasiado grande para ser saudável por nadar, mas às vezes noto que há coisas que retiro disso que depois me ajudam na prática de yoga. Por exemplo, eu já sei desde ha algum tempo que nas posturas temos que aprender a relaxar algumas partes do corpo sem perder energia nalguns pontos (talvez o esteja a dizer de forma demasiado brejeira...), mas claro que durante a prática não pensava muito nisso, talvez porque muitas vezes estou concentrada em puxar aqui, rodar ali, fazer força acolá... mas às vezes quando dou indicações nas aulas de natação, digo a alguém "ora estique bem os braços" e elas esticam, e esticam também as mãos. E depois digo, "mantenha os braços esticados... e agora relaxe as mãos" Ui, é uma complicação. Ou não conseguem mesmo relaxar as mãos, ou então relaxam-nas mas também deixam os braços morrer e dobrar... Ora é engraçado que para mim não é nada complicado, é quase intuitivo, só que não sei porquê. E hoje estava em Adho Mukha (com as mãos contra o rodapé) e normalmente eu penso muito em rodar a parte de cima dos braços para fora e descer os ombros... e estava a pensar nisso e de repente senti que estava a fazer muita força no pescoço, a puxa-lo em direcção ao chão... então deixei-o cair, como se estivesse pendurado entre os braços, pareceu-me que instantaneamente os meus ombros desceram e os trapézios relaxaram, sem eu ter que fazer a força do costume para isso.
Ui... queimei.
Sabendo que pode parecer paradoxal, já se sabe que tenho uma paixão se calhar demasiado grande para ser saudável por nadar, mas às vezes noto que há coisas que retiro disso que depois me ajudam na prática de yoga. Por exemplo, eu já sei desde ha algum tempo que nas posturas temos que aprender a relaxar algumas partes do corpo sem perder energia nalguns pontos (talvez o esteja a dizer de forma demasiado brejeira...), mas claro que durante a prática não pensava muito nisso, talvez porque muitas vezes estou concentrada em puxar aqui, rodar ali, fazer força acolá... mas às vezes quando dou indicações nas aulas de natação, digo a alguém "ora estique bem os braços" e elas esticam, e esticam também as mãos. E depois digo, "mantenha os braços esticados... e agora relaxe as mãos" Ui, é uma complicação. Ou não conseguem mesmo relaxar as mãos, ou então relaxam-nas mas também deixam os braços morrer e dobrar... Ora é engraçado que para mim não é nada complicado, é quase intuitivo, só que não sei porquê. E hoje estava em Adho Mukha (com as mãos contra o rodapé) e normalmente eu penso muito em rodar a parte de cima dos braços para fora e descer os ombros... e estava a pensar nisso e de repente senti que estava a fazer muita força no pescoço, a puxa-lo em direcção ao chão... então deixei-o cair, como se estivesse pendurado entre os braços, pareceu-me que instantaneamente os meus ombros desceram e os trapézios relaxaram, sem eu ter que fazer a força do costume para isso.
Ui... queimei.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Bem, porque a Leonor esteve a explicar "el estrecho sandero que és el yoga"... li uns versos no "Bhagavad Gita" que se referiam ao caminho...
Bem, as traduções são um bocadinho diferentes... Este é o verso 40 do segundo capítulo
Do livro que eu tenho (tradução de Juan Mascaró):
"No step is lost on this path, and no dangers are found. And even a little progress is freedom from fear."
Uma tradução que encontrei na Internet (foi esta que me chamou a atenção, não sei porquê):
"No effort on the yoga path is ever lost, nor can any obstacle hold one back forever. Just a little progress can protect one from the greatest fear."
E a que vem nas folhas da formação (só para ver se me habituo, odeio espanhol urgh):
"En esta senda, ningún esfuerzo se pierde nunca, y ningún obstáculo puede detener; ya un poco de este deber (dharma), libera de un gran temor."
Ora, sei lá se sei mesmo o que quer dizer. Mas gosto.
Bem, as traduções são um bocadinho diferentes... Este é o verso 40 do segundo capítulo
Do livro que eu tenho (tradução de Juan Mascaró):
"No step is lost on this path, and no dangers are found. And even a little progress is freedom from fear."
Uma tradução que encontrei na Internet (foi esta que me chamou a atenção, não sei porquê):
"No effort on the yoga path is ever lost, nor can any obstacle hold one back forever. Just a little progress can protect one from the greatest fear."
E a que vem nas folhas da formação (só para ver se me habituo, odeio espanhol urgh):
"En esta senda, ningún esfuerzo se pierde nunca, y ningún obstáculo puede detener; ya un poco de este deber (dharma), libera de un gran temor."
Ora, sei lá se sei mesmo o que quer dizer. Mas gosto.
Não tenho praticado, tenho-me sentido doentinha... nada de especial, mas se pudesse tinha estado estes últimos dias sem fazer nada, o que não é coisa que costume desejar. Ontem levantei-me, pratiquei meia hora e tive que voltar para a cama... foi um bocado estúpido :D
Coisa ainda mais estúpida foi na Terça, levantei-me e sentia-me esquisita, e juro, parecia que estava deprimida! Pratiquei a sentir-me assim... e depois de tarde doía-me a garganta e os músculos das pernas.... e na Quarta acordei ainda com mais dores de garganta, ouvidos tapados, e dores de cabeça. Digo que é estúpido porque me acontece muitas vezes - parece que sempre que começo a ficar ligeiramente doente, a minha primeira sensação é como se estivesse deprimida, nunca penso logo "ooops posso estar a ficar com uma constipação". Parece que me faz lembrar que com uma depressão se fica quase fisicamente doente.
Dei outra vez grande volta, mas enfim, só lê quem quer :D
Coisa ainda mais estúpida foi na Terça, levantei-me e sentia-me esquisita, e juro, parecia que estava deprimida! Pratiquei a sentir-me assim... e depois de tarde doía-me a garganta e os músculos das pernas.... e na Quarta acordei ainda com mais dores de garganta, ouvidos tapados, e dores de cabeça. Digo que é estúpido porque me acontece muitas vezes - parece que sempre que começo a ficar ligeiramente doente, a minha primeira sensação é como se estivesse deprimida, nunca penso logo "ooops posso estar a ficar com uma constipação". Parece que me faz lembrar que com uma depressão se fica quase fisicamente doente.
Dei outra vez grande volta, mas enfim, só lê quem quer :D
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Bem, porque ando sem aulas tenho um bocado o receio de que a minha prática ande a fazer um ror de asneiras. E ando concerteza. Mas não sei se hei de stressar por causa disso ou não. Não é muito simpático quando parece que se anda para trás nalgumas posturas. Ou que se pense oh, ainda vou estragar tudo o que fiz até agora. Mas acho que nisso, talvez forma de me enganar a mim própria ;) gosto de ser mais optimista e acreditar que isso de se estragar tudo não acontece assim tao facilmente. Aquilo que se aprende há de ter uso mais tarde ou mais cedo, mesmo que não seja naquela que poderia parecer a altura certa. Claro que aqui já me estou a desviar do tema yoga e a pensar noutras áreas da minha vida ;) Nós sabemos lá se o que fazemos hoje nos trará recompensas amanhã. Não há garantias de nada. Mas é engraçado que realmente, aprendi-o recentemente, podemos sentir durante muito tempo que algo foi em vão e depois descobrir que não foi. Deparamo-nos com situações que não esperavamos e aí agradece-se ter a preparação para aproveitar a oportunidade. E ora se na vida, isso acontece... bem, tenho então uma enorme fé no yoga (claro que eu não sei bem o que é, não peguem por aí!). Agora sinto que não preciso de me perguntar, "mas porquê dedicar-me?" Tenho a certeza que dá frutos, quais não sei, mas isso também não interessa.
Mas como é, quando abrem mais aulas no centro, people? :)
Mas como é, quando abrem mais aulas no centro, people? :)
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Estrecho sendero que és el Yoga...
O sr. P. diz muitas vezes duas frases que eu acho perfitamente deliciosas. Uma é o "estrecho sendero que és el Yoga" [presumindo que isto está bem escrito...] e outra é o "por amor a mi madre".
Efectivamente, o caminho do Yoga é estreito. Se calhar demasiado apertado. Tão apertado que parece que às vezes não podemos continuar porque simplesmente não cabemos nele! Mas depois, há sempre alguma coisa que nos impede de retrocer [o malfado do ponto sem retorno] que nos empurra novamente para o trilho certo.
Ainda não consegui equilibrar os meus horários. O despertador está programado todos os dias para as 6.30 e aos sábados para 7.15. O problema é que apesar de já ter passado uma semana, eu continuo a não conseguir deitar-me cedo pelo que o cansaço começa a acumular. Ontem, eram três e meia da manhã e ainda não tinha desligado a televisão... Hoje, quando o despertador tocou às 6.30, disse de uma só vez disse as frases preferidas do sr. P. "Ai por amor de mi madre! que estrecho es el sendero del yoga!"
Mas resolvi combater a preguiça e acordar. O cansaço há-de chegar e o sono, à noite, vir mais cedo.
A PRÁTICA: Hoje tentei agilizar a minha prática pois tenho perdido muito tempo entre as posturas. Sobretudo, distraio-me. Tentei não usar o timer, contando respirações. Em 30'' tenho de fazer 9 ciclos - a primeira vez que fiz o "teste" deu-me qualquer coisa como 12 ciclos...
A primeira parte da prática [resolvi não cortar nenhum dos asteriscos do Programa 4] correu muito bem. A maior dificuldade foi contar os ciclos e continuar mininamente atenta ao que estava a fazer nas posturas. Mas depois da série de sirsasana as coisas começam a complicar. Fico cansada ou distraída e a meio das posturas páro de contar as respirações e depois acabo por me perder.
Mas desta vez acho que não correu tão mal. Na segunda feira, em 90 minutos apenas pratiquei 40. Nada razoável, portanto. Hoje já não foi tão mal. Nos mesmos 90 minutos pratiquei 56.
Tenho de procurar: "Parvatasana em Sukhasana". De vez em quando bloqueio mesmo nos nomes das posturas. Não fiz as variações em Sirsasana e Sarvangasana e Halasana não deve ter sido mais do que um minuto. Aliás, definitivamente não consigo fazer Halasana de manhã... [E já agora à tarde... e à noite também deve ser complicado...].
Mas fiz 6 minutos de Savasana! E mais: soube-me muito bem. Não custou nada e acho que consegui relaxar perfeitamente. Até porque me sinto bastante cansada e moída. Também deve ter a ver com as vezes que ontem, na aula, subi e desci de Urdhva Dandurasana...
Quando tiver tempo, tipo daqui a dois anos, escrevo um post sobre a primeira aula de formação...
Efectivamente, o caminho do Yoga é estreito. Se calhar demasiado apertado. Tão apertado que parece que às vezes não podemos continuar porque simplesmente não cabemos nele! Mas depois, há sempre alguma coisa que nos impede de retrocer [o malfado do ponto sem retorno] que nos empurra novamente para o trilho certo.
Ainda não consegui equilibrar os meus horários. O despertador está programado todos os dias para as 6.30 e aos sábados para 7.15. O problema é que apesar de já ter passado uma semana, eu continuo a não conseguir deitar-me cedo pelo que o cansaço começa a acumular. Ontem, eram três e meia da manhã e ainda não tinha desligado a televisão... Hoje, quando o despertador tocou às 6.30, disse de uma só vez disse as frases preferidas do sr. P. "Ai por amor de mi madre! que estrecho es el sendero del yoga!"
Mas resolvi combater a preguiça e acordar. O cansaço há-de chegar e o sono, à noite, vir mais cedo.
A PRÁTICA: Hoje tentei agilizar a minha prática pois tenho perdido muito tempo entre as posturas. Sobretudo, distraio-me. Tentei não usar o timer, contando respirações. Em 30'' tenho de fazer 9 ciclos - a primeira vez que fiz o "teste" deu-me qualquer coisa como 12 ciclos...
A primeira parte da prática [resolvi não cortar nenhum dos asteriscos do Programa 4] correu muito bem. A maior dificuldade foi contar os ciclos e continuar mininamente atenta ao que estava a fazer nas posturas. Mas depois da série de sirsasana as coisas começam a complicar. Fico cansada ou distraída e a meio das posturas páro de contar as respirações e depois acabo por me perder.
Mas desta vez acho que não correu tão mal. Na segunda feira, em 90 minutos apenas pratiquei 40. Nada razoável, portanto. Hoje já não foi tão mal. Nos mesmos 90 minutos pratiquei 56.
Tenho de procurar: "Parvatasana em Sukhasana". De vez em quando bloqueio mesmo nos nomes das posturas. Não fiz as variações em Sirsasana e Sarvangasana e Halasana não deve ter sido mais do que um minuto. Aliás, definitivamente não consigo fazer Halasana de manhã... [E já agora à tarde... e à noite também deve ser complicado...].
Mas fiz 6 minutos de Savasana! E mais: soube-me muito bem. Não custou nada e acho que consegui relaxar perfeitamente. Até porque me sinto bastante cansada e moída. Também deve ter a ver com as vezes que ontem, na aula, subi e desci de Urdhva Dandurasana...
Quando tiver tempo, tipo daqui a dois anos, escrevo um post sobre a primeira aula de formação...
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Lembrei-me há pouco que em miúda costumava fazer muitas vezes a "versão ginástica" de sarvangasana. Talvez porque mo tenham mesmo ensinado na ginástica, mas lembro-me que sempre que houvesse brincadeira que envolvesse atirarmo-nos para o chão eu punha os pés para cima, e sentia-me elástica e leve. Às vezes sentava-me no chão a ver televisão e quando me aborrecia, upa. Por isso realmente a sinto familiar.
Acontece-me às vezes estar a praticar, ajustar algumas bases e depois, "aw, que confortável" e não ajusto mais nada. Sei nesse momento o que poderia ajustar, mas estou tão sossegada e tão calma, para quê mexer mais... Para a minha cabeça até é coisa estranha, normalmente sou demasiado cismática... é tão bom só estar ali. eheh. Agora se é "correcto" ou não... bem, algumas asneirolas só ficam bem.
Acontece-me às vezes estar a praticar, ajustar algumas bases e depois, "aw, que confortável" e não ajusto mais nada. Sei nesse momento o que poderia ajustar, mas estou tão sossegada e tão calma, para quê mexer mais... Para a minha cabeça até é coisa estranha, normalmente sou demasiado cismática... é tão bom só estar ali. eheh. Agora se é "correcto" ou não... bem, algumas asneirolas só ficam bem.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
A Leonor falou nalgumas aulas de um sítio sagrado dentro de nós e onde guardamos tudo o que nos é querido e onde encontramos paz em qualquer altura que precisemos, mesmo quando não estamos a praticar. Gosto muito de o ouvir, porque acho que é algo que muitas vezes desejei mas nunca consegui exprimir :)
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Nova queda...
Sirsasana voltou a cair-me mal... no verdade sentido da palavra. Ontem, depois de na parte da manhã ter caído desamparada no chão, na aula coloquei um colchão atrás de mim, não fosse haver alguma surpresa. Mas aguentei a postura, apesar de ter sido pouco tempo.
Hoje de manhã, mais do mesmo... E o problema é que não percebi porque é que caí. Tinha os ombros subidos, sentia peso nos antebraços, acho que estava alinhada e tinha as pernas esticadas. Foi numa fracção de segundo. Voltei a cair desamparada de tal forma que não me deu tempo requer de "enrolar"...
Hoje de manhã, mais do mesmo... E o problema é que não percebi porque é que caí. Tinha os ombros subidos, sentia peso nos antebraços, acho que estava alinhada e tinha as pernas esticadas. Foi numa fracção de segundo. Voltei a cair desamparada de tal forma que não me deu tempo requer de "enrolar"...
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Fui brindada com uma queda em sirsasana...
Tinha prometido a mim mesma que a partir do dia 1 de Setembro é que ia ser! Sem desculpas, sem ai meu Deus que não vou conseguir, sem amanhã é que é a sério... Por isso, ontem estive a rever o plano das festas. Não há hipótese. O ideal seria mesmo levantar todos os dias tipo 6.30 para por volta das 9.00 estar a trabalhar. Estas férias na maioria das vezes tomei pequeno-almoço e queria ver se mantinha o hábito. Mas levantar às 6.30 afigura-se muito violento até porque mais do que acordar cedo vai-me custar é deitar cedo...
Hoje acordei às 7.00. E segui a prática do curso III dado pelo Patxi em Março. E o problema é que... metade das coisas já não me lembro!!! Em Parivrtta Parsvakonasa já não faço ideia qual é a preparação I, 2, 4 e 5! Até porque não sei onde coloquei o papel com os meus célebres desenhos... Vou ter de ir aos apontamentos ver como são as variações...
Em Parighasana a mesma coisa. As preparações foram um bocado inventadas...
Custou-me muito fazer todo o ciclo completo. Demorei imenso tempo entre as posturas pois empanquei em alguns nomes...
Como castigo, tive direito a uma valente queda em sirsasana. Ainda por cima, nem sequer fui para ponte. Caí mesmo de costas...
O que deixei por fazer: halasana e karnapidasana, setu bandha...
Savasana teve direito a três minutos.
Hoje acordei às 7.00. E segui a prática do curso III dado pelo Patxi em Março. E o problema é que... metade das coisas já não me lembro!!! Em Parivrtta Parsvakonasa já não faço ideia qual é a preparação I, 2, 4 e 5! Até porque não sei onde coloquei o papel com os meus célebres desenhos... Vou ter de ir aos apontamentos ver como são as variações...
Em Parighasana a mesma coisa. As preparações foram um bocado inventadas...
Custou-me muito fazer todo o ciclo completo. Demorei imenso tempo entre as posturas pois empanquei em alguns nomes...
Como castigo, tive direito a uma valente queda em sirsasana. Ainda por cima, nem sequer fui para ponte. Caí mesmo de costas...
O que deixei por fazer: halasana e karnapidasana, setu bandha...
Savasana teve direito a três minutos.
domingo, 24 de agosto de 2008
Hmmm, novas favoritas :) Parvatasana, Adho Mukha com as mãos contra a parede, Uttanasana com mãos no chão e costas concâvas... porque sinto a zona no meio das omoplatas a ir para dentro e isso alivia-me qualquer coisa e faz-me sentir mais levezinha... e Satu Bandha Sarvangasana com tijolos porque, não sei, sinto-me confortável.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Bem, isto agora são quase férias, hem?
hmmm... é óbvio que a minha prática está bastante reduzida, mas não inexistente. Acho que ando toda podre e a precisar de férias e agora já não me dá para levantar de madrugada para praticar mais que duas ou três vezes por semana. Mas ás vezes ainda lá meto umas coisas pelo meio do dia, mas mais por necessidade do que propriamente por disciplina (ando com uma ansiedade e com umas variações de humor que ninguém me atura, nem posso comigo própria, credo!). Bem, mas acho que é bom ter uma fasezinha sem orientação - afinal a prática é pessoal e cada um é que tem que decidir a razão de ser dela. Até posso ir às aulas, e podem dar-me séries, e todas as indicações possíveis, mas pôr os pezinhos no tapete tem de ser decisão minha. Não tenho tentado nada de novo em especial... acho que reciclo um bocadito as séries, mas já ganhei alguma sensibilidade e acho que há alturas em que sinto que preciso de algo em específico... por exemplo, nos dias em que o meu coraçãozinho já está a bater demasiado alto não faço posturas de pé porque ainda se pôe a bater mais alto (não sei porquê, peço desculpa se estou a dizer qualquer coisa, sei lá, pecaminosa! lol), e pode ser que a sériezinha dos ansiosos (ora quem ma deu? O Dan, óbvio!lol) seja melhor para esse dia, mesmo sendo mais calma - e digo mesmo porque até há uns tempos achava atrás fazer algo mais "parado" em estado de ansiedade era paradoxal, ou quase impossível, e não é não... Mesmo a série de canto que eu achava um terror, agora até em casa a faço, e não me dá pânico quando apoio a cabeça no suporte numa postura para a frente. Estranhamente, às vezes até consigo sentir-me "segura". Bem, adiante, que já vai o parágrafo muito grande e já me cansei da mesma ideia.
Ora uma que depois do exame do patxi me me lembrei... porque durante o exame estive mais tempo em cada postura do que o que estou habituada, e ao subir de algumas posturas de pé, por exemplo trikonasana e parsvakonasa, o meu pé de trás estava virado para fora... ah, coitadito, acho que quando tento rodar a perna de trás o pezinho vai atrás... então um dia tentei praticar a pensar nisso e estive o resto do dia inteiro a sentir os tornozelos... enfim. lol
E porque hoje como muitas vezes estava em paschimottanasa e olhei para o risquinho que o meu tapete (NIIIIIIKE! lol) tem a meio, e notei que não estava centrada... então entro sempre em reflexão filosófica curta sobre se é importante estar-se centrado no tapete. É? Não é? Porquê?
P.S Um dia hei de ter organização mental, não hei? digam-me que sim.
hmmm... é óbvio que a minha prática está bastante reduzida, mas não inexistente. Acho que ando toda podre e a precisar de férias e agora já não me dá para levantar de madrugada para praticar mais que duas ou três vezes por semana. Mas ás vezes ainda lá meto umas coisas pelo meio do dia, mas mais por necessidade do que propriamente por disciplina (ando com uma ansiedade e com umas variações de humor que ninguém me atura, nem posso comigo própria, credo!). Bem, mas acho que é bom ter uma fasezinha sem orientação - afinal a prática é pessoal e cada um é que tem que decidir a razão de ser dela. Até posso ir às aulas, e podem dar-me séries, e todas as indicações possíveis, mas pôr os pezinhos no tapete tem de ser decisão minha. Não tenho tentado nada de novo em especial... acho que reciclo um bocadito as séries, mas já ganhei alguma sensibilidade e acho que há alturas em que sinto que preciso de algo em específico... por exemplo, nos dias em que o meu coraçãozinho já está a bater demasiado alto não faço posturas de pé porque ainda se pôe a bater mais alto (não sei porquê, peço desculpa se estou a dizer qualquer coisa, sei lá, pecaminosa! lol), e pode ser que a sériezinha dos ansiosos (ora quem ma deu? O Dan, óbvio!lol) seja melhor para esse dia, mesmo sendo mais calma - e digo mesmo porque até há uns tempos achava atrás fazer algo mais "parado" em estado de ansiedade era paradoxal, ou quase impossível, e não é não... Mesmo a série de canto que eu achava um terror, agora até em casa a faço, e não me dá pânico quando apoio a cabeça no suporte numa postura para a frente. Estranhamente, às vezes até consigo sentir-me "segura". Bem, adiante, que já vai o parágrafo muito grande e já me cansei da mesma ideia.
Ora uma que depois do exame do patxi me me lembrei... porque durante o exame estive mais tempo em cada postura do que o que estou habituada, e ao subir de algumas posturas de pé, por exemplo trikonasana e parsvakonasa, o meu pé de trás estava virado para fora... ah, coitadito, acho que quando tento rodar a perna de trás o pezinho vai atrás... então um dia tentei praticar a pensar nisso e estive o resto do dia inteiro a sentir os tornozelos... enfim. lol
E porque hoje como muitas vezes estava em paschimottanasa e olhei para o risquinho que o meu tapete (NIIIIIIKE! lol) tem a meio, e notei que não estava centrada... então entro sempre em reflexão filosófica curta sobre se é importante estar-se centrado no tapete. É? Não é? Porquê?
P.S Um dia hei de ter organização mental, não hei? digam-me que sim.
sábado, 5 de julho de 2008
Juro, até tenho alguns textos quase completos, mas a minha cabeça não consegue fazer o esfroço mental de os organizar e finalizar. Enfim...
Esta semana em sarvangasana tentei juntar os tornozelos internos... e depois também consegui juntar os dedos gordos dos pés. Ahah senti como se as duas pernas fossem só uma.
Hmmm... em viparita karani (acalma os nervos, ne?lol!) começei a sentir muito as plantas dos pés, porquê?
ai que cabeça...
Esta semana em sarvangasana tentei juntar os tornozelos internos... e depois também consegui juntar os dedos gordos dos pés. Ahah senti como se as duas pernas fossem só uma.
Hmmm... em viparita karani (acalma os nervos, ne?lol!) começei a sentir muito as plantas dos pés, porquê?
ai que cabeça...
quinta-feira, 19 de junho de 2008
E agora???
Xi... passei... Entrei para a formação... EM MADRID!!!
Acho que ainda estou em estado de choque...
Tenho de sair, vou reunir com os meus advogados para processar a Leonor e a Joana. Sinto-me enganada...
Acho que ainda estou em estado de choque...
Tenho de sair, vou reunir com os meus advogados para processar a Leonor e a Joana. Sinto-me enganada...
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Quanto ao exame... bem , admito que fui para lá um bocado distraída. Não sei, deu-me a sensação que tinha estado os dias anteriores imersa noutras coisas e de repente apanhei um avião e quando me dei conta estava num exame. Bem, a mim não me stressou muito o sr P. dizer que passavam as 20 melhores notas de exame, e coisas assim do género. Qual a diferença para mim? Se esse é o critério que o sr. P. escolhe, ele lá deve ter as suas razões, e ele é que sabe. Até porque ainda(?) estou na fase (em tudo da vida, acho eu) em que olho sobretudo para o meu próprio umbigo. Não acho que tenha feito má figura, pronto, sou o que sou, se a minha prática é imatura, no futuro, não sei quando, há de amadurecer, se a minha pratica não é intensa um dia há de sê-lo mais.
Agora coisas mais práticas. Durante o exame estava meia confusa. Tadasana, salta, roda pés, desce, tudo num instante, de repente estar na postura e parecia que as estava a fazer pela primeira vez, sentia-me toda torta! mas que fazer? Não posso agora ajustar o pé, ou voltar a subir, agora é ver se não morro até o timer toca! Cheguei as posturitas de pé que só metem um pezinho no chão e não me equilibrava porque já nem conseguia pensar, tinha o cérebro cansado lol!!!!
Aqui a mais jovem do grupinho do exame foi a única tona a precisar de um suporte (tijolo para prasarita padottanasana - desculpem se tem erros) e a única a não poder fazer uma postura (paripurna navasana e ardha navasana) por ter ligeira mazela física (e odeio ter que levantar o dedo!!!!!)
Bem, podia ter saído melhor. Mas eu se queria que saísse bem era só para mostrar que pelo menos tentei aproveitar alguma coisa! Oh, mas eu sei que tentei.
É numa boa... lol!
Agora coisas mais práticas. Durante o exame estava meia confusa. Tadasana, salta, roda pés, desce, tudo num instante, de repente estar na postura e parecia que as estava a fazer pela primeira vez, sentia-me toda torta! mas que fazer? Não posso agora ajustar o pé, ou voltar a subir, agora é ver se não morro até o timer toca! Cheguei as posturitas de pé que só metem um pezinho no chão e não me equilibrava porque já nem conseguia pensar, tinha o cérebro cansado lol!!!!
Aqui a mais jovem do grupinho do exame foi a única tona a precisar de um suporte (tijolo para prasarita padottanasana - desculpem se tem erros) e a única a não poder fazer uma postura (paripurna navasana e ardha navasana) por ter ligeira mazela física (e odeio ter que levantar o dedo!!!!!)
Bem, podia ter saído melhor. Mas eu se queria que saísse bem era só para mostrar que pelo menos tentei aproveitar alguma coisa! Oh, mas eu sei que tentei.
É numa boa... lol!
terça-feira, 17 de junho de 2008
Big Patxi is watching you...
É completa e absolutamente indescritível a pressão que senti no exame da pré-formação em Madrid. E ainda por cima sem qualquer razão… E por vários motivos. Primeiro, porque o objectivo primordial deste ano de pré-formação era, tão somente, aprofundar os meus conhecimentos e iniciar na prática pessoal.
Depois, porque tenho a consciência, desde o início, que o nível de exigência em Madrid é extremamente alto. Aquilo é mesmo outro campeonato!!! A própria Leonor me explicou isso e, quando lá cheguei, o Patxi fez questão de enfatizar ainda mais esse ponto. Aliás, logo na primeira sessão de pré-formação deu para ver que o nível era muito alto, sendo que de 50 candidatos, apenas 20 avançam para a formação. Resumindo: nunca tive ilusões em passar. O espírito sempre foi de “frequência”. E nada mais.
Mas, mesmo assim, o senhor Patxi conseguiu colocar uma pressão completamente louca em todos os que iam fazer o exame. Primeiro, porque a presença dele em ambiente de exame já por si é intimidadora. Depois, porque resolveu dizer [“por amor de mi madre…”] que apenas contava este exame. Ou seja, os detentores das 20 melhores notas são os que entram.
Eu, que antes dizia à Luga que era bem mais fácil fazer um exame quando não se tem a pressão de ter de passar, parecia agora que carregava 300 quilos nos ombros. E SEM MOTIVO. Mas é inevitável, ele consegue efectivamente desconcertar as pessoas.
Foram quase DUAS HORAS DE PURO MASSACRE. Sem posturas intermédias para descansar. Vira III durante um minuto de cada lado. Não há condições!!! Sentir? Mas qual sentir??? Respirar? Mas qual respirar??? SOBREVIVER era a palavra de ordem!!!. Acho que aguentar, neste caso, só por si foi um feito histórico. Era tudo tão rápido e tão intenso que não havia tempo sequer para ajustar as posturas. Era entrar e esperar não desmoronar enquanto quatro pessoas à nossa volta tiravam notas sem percebermos se estávamos bem ou mal. Fogo, como é bom ser ajustada…
Mentalmente, bem tentei ouvir a voz da Leonor a dar os ajustamentos das várias posturas. Mas o cansaço era inevitável. E quando chegou a Sirsasana pensei que já não ia aguentar mais. Mas ainda havia Sarvangasana e Halasana e sei lá mais o quê. Credo, pura tortura. As mãos escorregavam no corpo que estava todo suado, tinha o nariz tapado e as pernas pareciam que estavam ao sabor do vento…
No final, pensei para os meus botões: se calhar estou a exagerar. Eu não estou é preparada para isto. Às tantas isto não foi assim tão complicado. Mas ao que parece foi. Pelo vermelho das caras quando terminamos. Pelo suor que escorria pela t-shirt do que estava à minha frente. Pelas infindáveis vezes que o rapaz atrás de mim dizia: “Isto está quase a acabar, isto está quase a acabar…”.
E realmente acabou. Admito que isto foi a coisa mais difícil que fiz até hoje. Mais do que moderar um debate no Centro Cultural de Belém, mais do que a prova de acesso à Faculdade, mais do que descer o rio Teixeira durante três horas com saltos em queda livre. Quer experiências radicais??? Frequente a pré-formação à La Patxi Lizard! É emoção garantida...
Depois, porque tenho a consciência, desde o início, que o nível de exigência em Madrid é extremamente alto. Aquilo é mesmo outro campeonato!!! A própria Leonor me explicou isso e, quando lá cheguei, o Patxi fez questão de enfatizar ainda mais esse ponto. Aliás, logo na primeira sessão de pré-formação deu para ver que o nível era muito alto, sendo que de 50 candidatos, apenas 20 avançam para a formação. Resumindo: nunca tive ilusões em passar. O espírito sempre foi de “frequência”. E nada mais.
Mas, mesmo assim, o senhor Patxi conseguiu colocar uma pressão completamente louca em todos os que iam fazer o exame. Primeiro, porque a presença dele em ambiente de exame já por si é intimidadora. Depois, porque resolveu dizer [“por amor de mi madre…”] que apenas contava este exame. Ou seja, os detentores das 20 melhores notas são os que entram.
Eu, que antes dizia à Luga que era bem mais fácil fazer um exame quando não se tem a pressão de ter de passar, parecia agora que carregava 300 quilos nos ombros. E SEM MOTIVO. Mas é inevitável, ele consegue efectivamente desconcertar as pessoas.
Foram quase DUAS HORAS DE PURO MASSACRE. Sem posturas intermédias para descansar. Vira III durante um minuto de cada lado. Não há condições!!! Sentir? Mas qual sentir??? Respirar? Mas qual respirar??? SOBREVIVER era a palavra de ordem!!!. Acho que aguentar, neste caso, só por si foi um feito histórico. Era tudo tão rápido e tão intenso que não havia tempo sequer para ajustar as posturas. Era entrar e esperar não desmoronar enquanto quatro pessoas à nossa volta tiravam notas sem percebermos se estávamos bem ou mal. Fogo, como é bom ser ajustada…
Mentalmente, bem tentei ouvir a voz da Leonor a dar os ajustamentos das várias posturas. Mas o cansaço era inevitável. E quando chegou a Sirsasana pensei que já não ia aguentar mais. Mas ainda havia Sarvangasana e Halasana e sei lá mais o quê. Credo, pura tortura. As mãos escorregavam no corpo que estava todo suado, tinha o nariz tapado e as pernas pareciam que estavam ao sabor do vento…
No final, pensei para os meus botões: se calhar estou a exagerar. Eu não estou é preparada para isto. Às tantas isto não foi assim tão complicado. Mas ao que parece foi. Pelo vermelho das caras quando terminamos. Pelo suor que escorria pela t-shirt do que estava à minha frente. Pelas infindáveis vezes que o rapaz atrás de mim dizia: “Isto está quase a acabar, isto está quase a acabar…”.
E realmente acabou. Admito que isto foi a coisa mais difícil que fiz até hoje. Mais do que moderar um debate no Centro Cultural de Belém, mais do que a prova de acesso à Faculdade, mais do que descer o rio Teixeira durante três horas com saltos em queda livre. Quer experiências radicais??? Frequente a pré-formação à La Patxi Lizard! É emoção garantida...
Provar um bocadinho do fruto…
Eu nunca duvidei que o Iyengar Yoga tem para oferecer muito mais do que a excelência de uma postura física. Por muito bem que ela seja executada. Mas a verdade é que do saber ao sentir podem ir literalmente anos de distância. Pelo menos no meu caso.
Pois este domingo acho que provei, mesmo que ao de leve, o pode ser fazer efectivamente uma “asana”.
Se calhar porque estavam reunidas todas as condições para isso, se calhar porque eu estava para ai virada. Sei lá. Mas, sobretudo, acho que foi por uma explicação quase miraculosa que o Patxi deu e que eu nunca tinha ouvido. Ou, pelo menos, nunca tinha prestado atenção.
Ao efectuarmos uma postura, diz o Patxi, nunca devemos dar 100% do que fisicamente somos capazes. Porque aí o esforço vai ser tal que inviabiliza a capacidade de sentir, já que vamos estar apenas centrados em fazer a postura. 95% é, provavelmente, a conta certa. [É claro que logo a seguir o senhor Patxi deixou bem claro que isto jamais se explica a pessoas que estejam a iniciar a sua prática…]
Depois… bem depois tentei fazer mais ou menos isso. Tentei não pensar quanto tempo faltava para que o malfadado do “timer” tocasse e simplesmente pratiquei. E nem sei direito explicar o que aconteceu. Mas a prática foi efectivamente muito diferente. E eu nem me lembro do que, ou de quem estava à minha volta. Aliás, pare ser sincera, eu quase nem dei pelo Patxi, o que pode ser um feito notável… Parece que me meteram numa concha. Uma coisa estranha mas que não deixou de ser agradável.
Pois este domingo acho que provei, mesmo que ao de leve, o pode ser fazer efectivamente uma “asana”.
Se calhar porque estavam reunidas todas as condições para isso, se calhar porque eu estava para ai virada. Sei lá. Mas, sobretudo, acho que foi por uma explicação quase miraculosa que o Patxi deu e que eu nunca tinha ouvido. Ou, pelo menos, nunca tinha prestado atenção.
Ao efectuarmos uma postura, diz o Patxi, nunca devemos dar 100% do que fisicamente somos capazes. Porque aí o esforço vai ser tal que inviabiliza a capacidade de sentir, já que vamos estar apenas centrados em fazer a postura. 95% é, provavelmente, a conta certa. [É claro que logo a seguir o senhor Patxi deixou bem claro que isto jamais se explica a pessoas que estejam a iniciar a sua prática…]
Depois… bem depois tentei fazer mais ou menos isso. Tentei não pensar quanto tempo faltava para que o malfadado do “timer” tocasse e simplesmente pratiquei. E nem sei direito explicar o que aconteceu. Mas a prática foi efectivamente muito diferente. E eu nem me lembro do que, ou de quem estava à minha volta. Aliás, pare ser sincera, eu quase nem dei pelo Patxi, o que pode ser um feito notável… Parece que me meteram numa concha. Uma coisa estranha mas que não deixou de ser agradável.
terça-feira, 10 de junho de 2008
E agora... acabei de ler uma entrevista... e como se fala de Sarvangasana no blog, e porque ouvi a Leonor dizer que esta senhora é a sua "ídola", pareceu-me apropriado :)
"I remember my first yoga pose I ever did-the shoulderstand. I thought, "This feels so familiar. I've done this before." I felt like I was coming home to something. For the first time I felt this wonderful feeling of fullness. It was extraordinary. That was a turning point in my life, although I didn't become a serious practitioner at that time. I found something I had been looking for a long, long time in the shoulderstand." Patricia Walden
"I remember my first yoga pose I ever did-the shoulderstand. I thought, "This feels so familiar. I've done this before." I felt like I was coming home to something. For the first time I felt this wonderful feeling of fullness. It was extraordinary. That was a turning point in my life, although I didn't become a serious practitioner at that time. I found something I had been looking for a long, long time in the shoulderstand." Patricia Walden
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Transfusão de Yoga
Sempre que venho de Madrid parece que a prática de yoga se reinventa. É quase como se levasse uma transfusão de sangue que me ajuda a “aguentar” os próximos tempos. O intensivo foi, como sempre, excelente. Desta vez, trabalhamos muito a parte do externo superior, as meias axilas frontais, as omoplatas… Ou seja, hoje estou particularmente moída em todos esses sítios, mais nas lombares que parecem “chorar” por descanso.
Mas este intensivo foi particularmente “intenso” por duas ou três frases que o Patxi disse. Primeiro, é óbvio que o adorei ouvir dizer que savasana é a postura mais complicada do Yoga. Sobretudo porque não nos é pedida qualquer acção física e ficamos entregues a nós próprios. Nada que eu já não soubesse, mas a verdade é que sabe sempre bem ouvir dizer…
Depois vem o mais complicado. Pediu para usarmos mais os nervos sensoriais do que os motores. E aqui eu já me comecei a perder… E disse-nos ainda que para praticar Yoga torna-se imprescindível usar a imaginação para pormos em prática acções. [É complicado explicar… Mas, por exemplo, em determinadas posturas, para subirmos o sacro só mesmo imaginando que ele está a subir]. Não sei se está certo ou errado, mas interpretei imaginação como “visualização”.
Disse também que o Yoga não é definitivamente para todos. E que se passados seis ou sete anos não sentíssemos a prática para além da mera postura física talvez fosse melhor repensarmos a nossa opção. Eu não duvido que a minha perna vá acabar por rodar para a direita, ou que o meu queixo vá tocar as tíbias, ou que o joelho vá ficar alinhado… Com mais ou menos trabalho, tenho a certeza de que um dia acabarei por alcançar tudo isso.
O problema está em “sentir” as posturas. Vou conseguindo fazê-las, com mais ou menos dificuldade. Acho até que as vou conseguindo melhorar mas, sinceramente, ainda não as “sinto”. E ainda não as “penso”… E aqui entra a parte frustrante e muitas vezes desmotivadora de tudo isto. É que à medida que se avança no Yoga – falamos com pessoas sobre esta tema, interessamo-nos, lemos e temos acesso a mais professores – ficamos com a certeza de que há muito mais para além da geometria das posturas.
Às vezes, revejo-me numa reportagem que li há pouco tempo sobre os jovens candidatos a padres que estudam nos seminários. Eles, não questionavam a sua “fé”, mas duvidavam da sua vocação.
Mas este intensivo foi particularmente “intenso” por duas ou três frases que o Patxi disse. Primeiro, é óbvio que o adorei ouvir dizer que savasana é a postura mais complicada do Yoga. Sobretudo porque não nos é pedida qualquer acção física e ficamos entregues a nós próprios. Nada que eu já não soubesse, mas a verdade é que sabe sempre bem ouvir dizer…
Depois vem o mais complicado. Pediu para usarmos mais os nervos sensoriais do que os motores. E aqui eu já me comecei a perder… E disse-nos ainda que para praticar Yoga torna-se imprescindível usar a imaginação para pormos em prática acções. [É complicado explicar… Mas, por exemplo, em determinadas posturas, para subirmos o sacro só mesmo imaginando que ele está a subir]. Não sei se está certo ou errado, mas interpretei imaginação como “visualização”.
Disse também que o Yoga não é definitivamente para todos. E que se passados seis ou sete anos não sentíssemos a prática para além da mera postura física talvez fosse melhor repensarmos a nossa opção. Eu não duvido que a minha perna vá acabar por rodar para a direita, ou que o meu queixo vá tocar as tíbias, ou que o joelho vá ficar alinhado… Com mais ou menos trabalho, tenho a certeza de que um dia acabarei por alcançar tudo isso.
O problema está em “sentir” as posturas. Vou conseguindo fazê-las, com mais ou menos dificuldade. Acho até que as vou conseguindo melhorar mas, sinceramente, ainda não as “sinto”. E ainda não as “penso”… E aqui entra a parte frustrante e muitas vezes desmotivadora de tudo isto. É que à medida que se avança no Yoga – falamos com pessoas sobre esta tema, interessamo-nos, lemos e temos acesso a mais professores – ficamos com a certeza de que há muito mais para além da geometria das posturas.
Às vezes, revejo-me numa reportagem que li há pouco tempo sobre os jovens candidatos a padres que estudam nos seminários. Eles, não questionavam a sua “fé”, mas duvidavam da sua vocação.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Ultimamente tenho vindo a descobrir que sarvangasana e halasana são as minhas posturas favoritas. (as pessoas costumam ter favoritas, certo?) Não é que adore faze-las a nível físico, aliás às vezes até são bem torturantes... mas nao sei porquê, sinto que me fazem mesmo bem. Às vezes parece que é quase instantaneo - desço de sarvangasana para halasana e ao fim de um tempo é como se sentisse qualquer coisa dentro de mim, não sei dizer onde, a acalmar-se. Não sei bem, mas até parece que o ar entra mais facilmente e mais fundo e respiro melhor.
:)
:)
domingo, 18 de maio de 2008
Ora bem... Sarvangasana... ando a tentar perceber como pôr os ombros e os cotovelos alinhados, porque para estar alinhada tenho que me sentir torta. Só que lá está, eu sei que o que não posso é sentir-me direita, mas sentir-me torta também não é sinal que esteja mais direita porque o que está torto tem um bilião de variações (wow, grande volta). O meu cotovelo direito foge sempre para fora e eu não sei bem como evitar que ele fuja. Ontem o que experimentei foi puxar o cotovelo esquerdo para fora, e senti o cotovelo direito a entrar um pouco. Ora se estava direito não sei, mas começei a sentir o ombro direito um bocado trilhado... Talvez tenha conseguido corrigir um bocadito! Mas o diabo do ombro há de ir ao sítio.
Então porque ouvi na sexta feira do workshop o senhor rajiv chanchani referir muitas vezes outros "tipos" de yoga, ("feel good yoga"! lol) andei a pesquisar. Mas fica para outro dia lol. Mas relacionado com isso, pelo que li, acho que há a ideia num numero de pessoas de que o yoga (e as suas "linhas") são as aulas de yoga. "O yoga tal é mais divertido, realmente pratico mais, os profes poe-nos a mexer, no Iyengar aborreço-me porque o professor explica muito e está-se muito tempo fora do tapete a ver correcçoes noutros alunos... "Ora achei engraçado porque só há uns meses é que comecei a praticar sozinha e acho que começo a perceber de que só mesmo com a prática pessoal é que se pode esperar pelo menos ter uma ideiazinha do que é Iyengar yoga. Não é nas aulas que se descobre - oh, claro que se descobre, o que quero dizer é que agora parece-me que as aulas são para se aprender, que começam por ser rampa de lançamento e depois suporte da prática pessoal . Portanto agradeço a quem me "atirou" para a prática pessoal :)
Então porque ouvi na sexta feira do workshop o senhor rajiv chanchani referir muitas vezes outros "tipos" de yoga, ("feel good yoga"! lol) andei a pesquisar. Mas fica para outro dia lol. Mas relacionado com isso, pelo que li, acho que há a ideia num numero de pessoas de que o yoga (e as suas "linhas") são as aulas de yoga. "O yoga tal é mais divertido, realmente pratico mais, os profes poe-nos a mexer, no Iyengar aborreço-me porque o professor explica muito e está-se muito tempo fora do tapete a ver correcçoes noutros alunos... "Ora achei engraçado porque só há uns meses é que comecei a praticar sozinha e acho que começo a perceber de que só mesmo com a prática pessoal é que se pode esperar pelo menos ter uma ideiazinha do que é Iyengar yoga. Não é nas aulas que se descobre - oh, claro que se descobre, o que quero dizer é que agora parece-me que as aulas são para se aprender, que começam por ser rampa de lançamento e depois suporte da prática pessoal . Portanto agradeço a quem me "atirou" para a prática pessoal :)
terça-feira, 13 de maio de 2008
Não consigo comentar nada, ultimamente ando com a cabeça não sei onde. É costume.
Ora, este Domingo... Comecei, obviamente com a cabeça num vazio qualquer portanto um senhor chamado Patxi deu-me logo umas pancadinhas para eu acordar, e fez bem. Parvrtta Trikonasana (é assim que se escreve?) aí umas 5 ou 6 vezes... no comments. O que me custou mais de tudo foi Sarvangasana. Uma menina com uma expressão enigmática chamada Adelle fez-me um ajustamentos nos ombros que me pareceu que rodei aí uns 90 graus nos cobertores, mexeu-me no pescoço, ombros, toda a base que eu fiquei sem saber o que estava a fazer. Portanto, aí a uns 10 minutos da sessão acabar estava eu com vontade de chorar por ter o meu ombrinho direito todo trilhadinho, uuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiii. Se é assim o alinhamento em Sarvangasana ainda vou sofrer muito.
O workshop? Não consigo pensar agora. Mas hoje estava na aula em parsvakonasana e lembrei-me de Rajiv ter dito que o braço de cima direccionava-se para um lado e a perna de trás para o lado oposto, experimentei e foi como se sentisse a t-shirt a esticar e a separar-se do elástico dos calções. Foi giro!
Pronto, queimei. Quando conseguir escrevo alguma coisa de jeito.
Ora, este Domingo... Comecei, obviamente com a cabeça num vazio qualquer portanto um senhor chamado Patxi deu-me logo umas pancadinhas para eu acordar, e fez bem. Parvrtta Trikonasana (é assim que se escreve?) aí umas 5 ou 6 vezes... no comments. O que me custou mais de tudo foi Sarvangasana. Uma menina com uma expressão enigmática chamada Adelle fez-me um ajustamentos nos ombros que me pareceu que rodei aí uns 90 graus nos cobertores, mexeu-me no pescoço, ombros, toda a base que eu fiquei sem saber o que estava a fazer. Portanto, aí a uns 10 minutos da sessão acabar estava eu com vontade de chorar por ter o meu ombrinho direito todo trilhadinho, uuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiii. Se é assim o alinhamento em Sarvangasana ainda vou sofrer muito.
O workshop? Não consigo pensar agora. Mas hoje estava na aula em parsvakonasana e lembrei-me de Rajiv ter dito que o braço de cima direccionava-se para um lado e a perna de trás para o lado oposto, experimentei e foi como se sentisse a t-shirt a esticar e a separar-se do elástico dos calções. Foi giro!
Pronto, queimei. Quando conseguir escrevo alguma coisa de jeito.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Em resposta ao comentário da Leonor...
Já percebi há muito tempo que a formação não é suposto ser um pesadelo. Ninguém me obriga a lá andar e ninguém me há de bater por não praticar tão bem. Se me aborrece a minha prática ser menos boa, é porque em geral, tudo o resto também corre menos bem. Acho que uma das coisas mais importantes que tenho aprendido, é que o grande benefício de praticar yoga, para mim, é que consigo gostar mais de outras coisas. E eu, dê lá por onde der, preciso mesmo de gostar de algo. Tem que ser, não há volta a dar, se faço algo tem que ser porque eu quero e tenho que encontrar dentro de mim vontade, seja lá para o que for. Eu quero acima de tudo, querer. O que me guiar na vida tem de vir de mim e não de algo de fora. E é claro que o yoga não pode ser fonte de stress- se é, é porque estamos a olhar para isso da perspectiva errada. Mas sei que, quando a minha prática anda assim mais trenguinha, como ultimamente, é sinal de que eu toda ando também anda mais trenguinha. Se o única consequência fosse que as posturas não saíssem tão bem - oh, isso é mal menor. Não sei, eu só quero sentir-me melhor.
Por outro lado, sinto às vezes que realmente praticar assim com a cabeça no ar é um bocado de perda de tempo, então se uma pessoa aprende as coisas e depois não as aplica! É como se as esquecesse, é uma parvoíce. Já que se está ali e não se vai estar noutro sítio era melhor fazer as coisas direitinho, hem?
E depois disto tudo, tenho que dizer: aquilo é porrada em excesso para um dia só! Saio de lá nem me apetece ouvir falar em yoga!
Já percebi há muito tempo que a formação não é suposto ser um pesadelo. Ninguém me obriga a lá andar e ninguém me há de bater por não praticar tão bem. Se me aborrece a minha prática ser menos boa, é porque em geral, tudo o resto também corre menos bem. Acho que uma das coisas mais importantes que tenho aprendido, é que o grande benefício de praticar yoga, para mim, é que consigo gostar mais de outras coisas. E eu, dê lá por onde der, preciso mesmo de gostar de algo. Tem que ser, não há volta a dar, se faço algo tem que ser porque eu quero e tenho que encontrar dentro de mim vontade, seja lá para o que for. Eu quero acima de tudo, querer. O que me guiar na vida tem de vir de mim e não de algo de fora. E é claro que o yoga não pode ser fonte de stress- se é, é porque estamos a olhar para isso da perspectiva errada. Mas sei que, quando a minha prática anda assim mais trenguinha, como ultimamente, é sinal de que eu toda ando também anda mais trenguinha. Se o única consequência fosse que as posturas não saíssem tão bem - oh, isso é mal menor. Não sei, eu só quero sentir-me melhor.
Por outro lado, sinto às vezes que realmente praticar assim com a cabeça no ar é um bocado de perda de tempo, então se uma pessoa aprende as coisas e depois não as aplica! É como se as esquecesse, é uma parvoíce. Já que se está ali e não se vai estar noutro sítio era melhor fazer as coisas direitinho, hem?
E depois disto tudo, tenho que dizer: aquilo é porrada em excesso para um dia só! Saio de lá nem me apetece ouvir falar em yoga!
terça-feira, 6 de maio de 2008
Realmente a coisa não anda grande coisa, a minha cabeça anda por outros sítios... Nem sei que postar para levantar o ânimo... assim uma coisinha para motivar?
Não sei, pronto, até há pouco tempo ficava com dores de barriga em halasana, porque fazia muita força com ela para fora. Agora ando a ver se não faço tanto isso, acho que relaxa mais um pouquito. Hum... mais... não estou a ver nada. lol
Three of yoga... xiiii...
Não sei, pronto, até há pouco tempo ficava com dores de barriga em halasana, porque fazia muita força com ela para fora. Agora ando a ver se não faço tanto isso, acho que relaxa mais um pouquito. Hum... mais... não estou a ver nada. lol
Three of yoga... xiiii...
domingo, 4 de maio de 2008
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Esta também foi outra que disse hoje à kuki... a minha sensibilidade anda a desenvolver-se mais noutros sítios lol. Realmente, xu, era bom era postar debaixo de água. Mas também durante a prática não dá para apontar nada! Não é que ultimamente precise, realmente a coisa continua meia aérea... Talvez preguicite mental? Se calhar há alturas em que a prática é mais guiada pelo pensamento e outras mais pela sensação. Oh, nem sei. Sinto qualquer coisa diferente. De qualquer forma, sei que a prática tem que ser mais intensa, cum caneco...
terça-feira, 29 de abril de 2008
Yoga by Constância
Este fim-de-semana eu e a Luga resolvemos ir passar dois dias a Constância, uma maravilhosa vila perto de Abrantes. Deu para descansar e ainda acabamos por nos divertir.
É claro que levamos o material todo para a prática. As más-línguas diziam que nós nem iríamos “cheirar” o tapete. Nada disso. Não falhamos e, nos dois dias, acordamos às 9 da manhã para praticarmos as nossas séries.
É agradável praticar acompanhada, apesar de não falarmos [ok, ok, aqui a Luga é muito mais disciplinada, até sugeriu eu ir fazer savasana para outra sala para estar mais quieta…].
Eu, por exemplo reparei que há coisas que não estava a fazer bem como o Patxi dizia, para além da Luga me ter alertado que a minha respiração evidencia demasiado esforço. Maldito overdoing… É bom chamarem-nos à atenção porque na prática pessoal é muito fácil "esquecermo-nos" de alguns pormenores...
Mas a prática soube bem, diferente do habitual, quanto mais não seja porque praticamos ao som dos pássaros e não dos carros que passam na VCI!!!
É claro que levamos o material todo para a prática. As más-línguas diziam que nós nem iríamos “cheirar” o tapete. Nada disso. Não falhamos e, nos dois dias, acordamos às 9 da manhã para praticarmos as nossas séries.
É agradável praticar acompanhada, apesar de não falarmos [ok, ok, aqui a Luga é muito mais disciplinada, até sugeriu eu ir fazer savasana para outra sala para estar mais quieta…].
Eu, por exemplo reparei que há coisas que não estava a fazer bem como o Patxi dizia, para além da Luga me ter alertado que a minha respiração evidencia demasiado esforço. Maldito overdoing… É bom chamarem-nos à atenção porque na prática pessoal é muito fácil "esquecermo-nos" de alguns pormenores...
Mas a prática soube bem, diferente do habitual, quanto mais não seja porque praticamos ao som dos pássaros e não dos carros que passam na VCI!!!
segunda-feira, 28 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
(In)consistência em Sarvangasana
É impressionante como esta postura pode ser o oito e o oitenta. Aliás, acho que de todas as asanas das nossas séries de prática pessoal esta consegue ser aquela que mais oscilações tem. Se num dia consigo estar nela aparentemente alinhada e sem esforço, no dia seguinte parece que a estou a fazer pela primeira vez, com as pernas a insistirem ir para o lado da cabeça e as mãos a não saírem da risca dos calções. E ainda não percebi porque é que isso acontece.
É curioso que em Sirsasana já consigo ser mais “coerente”. É verdade que às vezes a postura não sai, mas normalmente é porque estou cansada ou simplesmente distraída.
Mas em Sarvangasana não me parece que seja por causa disso. Acho que devem ser os meus ombros. Hoje entrei na postura, em Halasana rodei os ombros e subi. Passados dois minutos parecia que estava lá há horas. Voltei a descer e rodei mais os ombros. Nada feito. Em vez de uma linha recta o meu corpo fazia um autêntico sinal de “>”. Começou-me a doer o pescoço e desci. Confirmei se o malfadado do pescoço tinha os tais três dedos “da lei”. Pareceu-me que sim. Voltei a ir para Sarvangasana. Mas definitivamente não era dia para esta postura. O problema é que já a semana passada isto me aconteceu mais do que uma vez.
[A grande diferença entre a prática pessoal e as aulas é que nas aulas eu nunca teria saído da postura e aqui não deixei que o timer tocasse. Mas, por outro lado, nas aulas não me teria dado ao trabalho de saber o que estava mal. Apenas teria aguentado. Enquanto que aqui ao menos tentei perceber o que não estava certo. Pronto, é verdade que não descobri mas a intenção conta, não conta?]
É curioso que em Sirsasana já consigo ser mais “coerente”. É verdade que às vezes a postura não sai, mas normalmente é porque estou cansada ou simplesmente distraída.
Mas em Sarvangasana não me parece que seja por causa disso. Acho que devem ser os meus ombros. Hoje entrei na postura, em Halasana rodei os ombros e subi. Passados dois minutos parecia que estava lá há horas. Voltei a descer e rodei mais os ombros. Nada feito. Em vez de uma linha recta o meu corpo fazia um autêntico sinal de “>”. Começou-me a doer o pescoço e desci. Confirmei se o malfadado do pescoço tinha os tais três dedos “da lei”. Pareceu-me que sim. Voltei a ir para Sarvangasana. Mas definitivamente não era dia para esta postura. O problema é que já a semana passada isto me aconteceu mais do que uma vez.
[A grande diferença entre a prática pessoal e as aulas é que nas aulas eu nunca teria saído da postura e aqui não deixei que o timer tocasse. Mas, por outro lado, nas aulas não me teria dado ao trabalho de saber o que estava mal. Apenas teria aguentado. Enquanto que aqui ao menos tentei perceber o que não estava certo. Pronto, é verdade que não descobri mas a intenção conta, não conta?]
domingo, 20 de abril de 2008
Dislexia yoguica
Isto há coisas do caneco... E não é que manta pode transformar-se em tapete, tijolo em cinto e tornozelo em cotovelo? Este fim-de-semana a Leonor e a Joana tiveram de ir a uma Convenção a Espanha. E pediram-me para ser eu a “dar” as aulas de sexta-feira e sábado. Mal acedi ao “convite” [porque dá-me um “feeling” que eu não teria grande hipótese de escolha…] arrependi-me. Porque comecei a pensar em duas ou três pequenas questões…
A primeira, óbvio, as evocações. Nunca as fiz e a ideia de as fazer não é propriamente agradável.
Depois, o nome das posturas. Já não há qualquer razão para eu dizer “aquela postura assim, aquela…” mas não saber exactamente o seu nome. Depois, os ajustamentos. Já os ouço há seis anos. Mas, never the less, será que saem de forma correcta? Pior: será que saem?
É verdade que já não era a primeira vez que eu dava uma aula de yoga. Mas era a primeira vez que dava uma aula no Centro com pessoas que estão habituadas à firmeza e know-how da Leonor e da Joana. E estão habituadas a ver-me do outro lado do tapete. É muito estranho…
É claro que eu não dei a aula sem rede. O “menu” foi dado pela Leonor e não havia nenhum aluno propriamente novo, por isso os riscos eram relativamente poucos. Mas mesmo assim…
… mesmo assim eu tremia como varas verdes na sexta. E “insultei-as” em surdina e jurei que não mais aceitaria tal coisa.
Mas até não correu tão mal quanto isso. Eles foram impecáveis, até porque devem ter visto a minha cara de pânico. Mas não falaram, não riram e estiveram muito atentos!!! Mesmo quando eu em vez de dizer almofada dizia bolsa (só me lembrava de “bolster”). Ou quando pedi para irem para Parsvakonasana e depois fiquei por Vira II sem ter dado por isso e emendei como quem não quer a coisa.
No sábado, acho que ainda correu melhor, apesar de serem mais alunos. Foram na mesma muito disciplinados e muito atentos. Passei a compreender duas coisas: o tempo anda de maneira diferente quando se dá aulas e manta pode facilmente transformar-se em tapete, tijolo em cinto e tornozelo em cotovelo…
Mas cá para nós que ninguém nos ouve… é bem mais giro estar do outro lado do tapete…
A primeira, óbvio, as evocações. Nunca as fiz e a ideia de as fazer não é propriamente agradável.
Depois, o nome das posturas. Já não há qualquer razão para eu dizer “aquela postura assim, aquela…” mas não saber exactamente o seu nome. Depois, os ajustamentos. Já os ouço há seis anos. Mas, never the less, será que saem de forma correcta? Pior: será que saem?
É verdade que já não era a primeira vez que eu dava uma aula de yoga. Mas era a primeira vez que dava uma aula no Centro com pessoas que estão habituadas à firmeza e know-how da Leonor e da Joana. E estão habituadas a ver-me do outro lado do tapete. É muito estranho…
É claro que eu não dei a aula sem rede. O “menu” foi dado pela Leonor e não havia nenhum aluno propriamente novo, por isso os riscos eram relativamente poucos. Mas mesmo assim…
… mesmo assim eu tremia como varas verdes na sexta. E “insultei-as” em surdina e jurei que não mais aceitaria tal coisa.
Mas até não correu tão mal quanto isso. Eles foram impecáveis, até porque devem ter visto a minha cara de pânico. Mas não falaram, não riram e estiveram muito atentos!!! Mesmo quando eu em vez de dizer almofada dizia bolsa (só me lembrava de “bolster”). Ou quando pedi para irem para Parsvakonasana e depois fiquei por Vira II sem ter dado por isso e emendei como quem não quer a coisa.
No sábado, acho que ainda correu melhor, apesar de serem mais alunos. Foram na mesma muito disciplinados e muito atentos. Passei a compreender duas coisas: o tempo anda de maneira diferente quando se dá aulas e manta pode facilmente transformar-se em tapete, tijolo em cinto e tornozelo em cotovelo…
Mas cá para nós que ninguém nos ouve… é bem mais giro estar do outro lado do tapete…
quarta-feira, 16 de abril de 2008
É pior a emenda do que o soneto...
Às vezes simplesmente não apetece praticar. Se calhar como em tudo na vida. Às vezes não temos sono, ou fome, ou vontade de trabalhar. Bem, se calhar este último exemplo não foi propriamente feliz… Mas a verdade é que há dias em que a prática é arrancada a ferros. Se calhar já não devia de ser assim, mas a realidade é que é. E eu ainda não consegui perceber se nestes dias o melhor é mesmo não praticar [free yoga day, certo Luga?] e ficar com pesos de consciência porque parece que não fizemos o trabalho de casa; ou praticar mesmo contrariada e ficar a resmungar durante mais de uma hora…
O yoga não é uma obrigação. É uma devoção e para mim, imperiosamente, tem de ser um prazer e contribuir de forma inequívoca para a melhoria da minha qualidade de vida.
Normalmente é esse o efeito que tem. Depois de horas a fio em frente a um computador a queimar neurónios, o sair de casa e ir até ao centro é a melhor parte do dia. É um sítio onde me sinto bem, onde gosto das pessoas e onde desligo [pronto… ou pelo menos tento desligar] dos apertados prazos de entrega e da agenda do dia seguinte. E a prática, goste eu mais ou menos das posturas, quase sempre flui. Saio rejuvenescida e agradecida pelo yoga se ter cruzado na minha vida.
Mas hoje optei por um free yoga day. Por acaso não consegui ir à aula por motivos de trabalho. Mas de qualquer maneira já tinha decidido não ir. Não sei porque continuo a ter estas opções se depois fico com pesos de consciência por ter faltado… É pior a emenda do que o soneto…
O yoga não é uma obrigação. É uma devoção e para mim, imperiosamente, tem de ser um prazer e contribuir de forma inequívoca para a melhoria da minha qualidade de vida.
Normalmente é esse o efeito que tem. Depois de horas a fio em frente a um computador a queimar neurónios, o sair de casa e ir até ao centro é a melhor parte do dia. É um sítio onde me sinto bem, onde gosto das pessoas e onde desligo [pronto… ou pelo menos tento desligar] dos apertados prazos de entrega e da agenda do dia seguinte. E a prática, goste eu mais ou menos das posturas, quase sempre flui. Saio rejuvenescida e agradecida pelo yoga se ter cruzado na minha vida.
Mas hoje optei por um free yoga day. Por acaso não consegui ir à aula por motivos de trabalho. Mas de qualquer maneira já tinha decidido não ir. Não sei porque continuo a ter estas opções se depois fico com pesos de consciência por ter faltado… É pior a emenda do que o soneto…
segunda-feira, 14 de abril de 2008
"- só mais uma coisa - é muito difícil praticar por conta própria, mesmo tendo "cábula"; durante muito tempo é preciso o tal esforço de começar e de chegar ao fim. Aos poucos, começa a ser diferente; já não se pode passar sem isso. Mas isto demora. Primeiro damos, depois recebemos. Coragem, o que receberão é bem mais do que o que dão." Leonor.
Eu não sei como é com a kuki mas eu já estou a entrar na dependencia. Por acaso eu e a kuki discutimos isso várias vezes... a ideia de que pode ser uma "muleta". mas pronto, a verdade é que sermos felizes não é assim tão simples, se fossemos felizes só por existir era tão bom... mas não é assim, portanto é melhor usar as "muletas" que forem precisas :)
Sim, eu acredito que recebemos senão de certeza que nunca faria o esforço. É que eu nunca na minha vida fui disciplinada! É um dos meus problemas aliás, se acho que vale a pena sim, dedico-me, se a coisa não me interessa, é o diabo que não me consigo obrigar a fazer nada...
Eu não sei como é com a kuki mas eu já estou a entrar na dependencia. Por acaso eu e a kuki discutimos isso várias vezes... a ideia de que pode ser uma "muleta". mas pronto, a verdade é que sermos felizes não é assim tão simples, se fossemos felizes só por existir era tão bom... mas não é assim, portanto é melhor usar as "muletas" que forem precisas :)
Sim, eu acredito que recebemos senão de certeza que nunca faria o esforço. É que eu nunca na minha vida fui disciplinada! É um dos meus problemas aliás, se acho que vale a pena sim, dedico-me, se a coisa não me interessa, é o diabo que não me consigo obrigar a fazer nada...
Para mim a série um não é das mais simples não... São muits posturas de pé e acontece-me estar a fazer uma e ainda estar com a cabeça na anterior. Hoje reparei que me às vezes "quedo corto", como diz o patxi, nalgumas posturas. Para as posturas de pé não uso timer, porque senão a minha irmã mata-me porque acorda com tanto pipipi... de modo que experimentei com o relógio ver quantos ciclos de respiração são uns 30 segundos. Com inspiração e expiração compridas, dá aí uns 5. Só que eu tenho a tendência de respirar muito depressa. Nalguns dias noto que funciona bem porque contar realmente me obriga a respirar de forma mais calma. Mas nos dias em que estou mais dispersa conto em piloto automatico e os ciclos são muito mais curtos... consequentemente não devo cumprir o tempo. Depois há as posturas de pé que me exigem mais esforço. Por exemplo em parvrtta trikonasana nem me lembro de respirar... só que nesta também nem tenho noçao de tempo, estou na postura até cair, basicamente, o que se calhar de vez em quando dá 30 segundos (se calhar nunca!) noutras dá... 5. lol!
Depois por exemplo em virabadrasana II e parsvakonasana, demoro muito tempo só a descer para os 90 graus, porque preciso de pensar mesmo muito para não descer a perna de trás. No início parece mais difícil, porque dá a sensação as virilhas e as ancas têm que abrir mais, doem um bocadito... mas acho que a postura acaba por sair (porque não temos tradução de "feel?") mais equilibradita, não fica tanto peso na perna da frente, acho.
Os parvrttas são engraçados... começo logo a suar... quando acabo a segunda preparação de parvrtta parsvakonasana tenho que estar um bocado de pé parada porque sinto o coração na boca e já estou aos bofes!
Ora, mais... Hoje sendo de uma hora e meia vá lá que estive relativamente concentrada até halasana. Depois estava a subir de halasana para sarvangasana para fazer ekapada sarvangasana e como estava já noutra esqueci-me de por os braços nas mantas. A subir senti logo o pescoço... :p
Nota: tenho que deixar de ceder à tentação de olhar para o timer quando já estou "farta" de estar na postura!
Ah, eu nunca fiz Viparita Karani. Dá uma trabalheira a montar e não relaxo grande coisa, parece que as pernas não se seguram! Faço sempre savasana mas acho complicadissimo, porque quando chega savasana já estou com a cabeça no resto do dia...
Depois por exemplo em virabadrasana II e parsvakonasana, demoro muito tempo só a descer para os 90 graus, porque preciso de pensar mesmo muito para não descer a perna de trás. No início parece mais difícil, porque dá a sensação as virilhas e as ancas têm que abrir mais, doem um bocadito... mas acho que a postura acaba por sair (porque não temos tradução de "feel?") mais equilibradita, não fica tanto peso na perna da frente, acho.
Os parvrttas são engraçados... começo logo a suar... quando acabo a segunda preparação de parvrtta parsvakonasana tenho que estar um bocado de pé parada porque sinto o coração na boca e já estou aos bofes!
Ora, mais... Hoje sendo de uma hora e meia vá lá que estive relativamente concentrada até halasana. Depois estava a subir de halasana para sarvangasana para fazer ekapada sarvangasana e como estava já noutra esqueci-me de por os braços nas mantas. A subir senti logo o pescoço... :p
Nota: tenho que deixar de ceder à tentação de olhar para o timer quando já estou "farta" de estar na postura!
Ah, eu nunca fiz Viparita Karani. Dá uma trabalheira a montar e não relaxo grande coisa, parece que as pernas não se seguram! Faço sempre savasana mas acho complicadissimo, porque quando chega savasana já estou com a cabeça no resto do dia...
Se fosse sempre assim já não era nada mau...
As segundas-feiras costumam ser o dia da revolta! É aquele dia em olho para o tapete de lado e me interrogo o que raio está ele ali a fazer. Mas hoje não. E eu sei porquê. Porque pouco trabalhei no fim-de-semana, porque ontem me deitei cedo, porque tenho o trabalho “atrasadamente controlado” e porque nestes dois dias efectivamente descansei.
Depois, porque o Programa I é, para mim, o mais “simples”. Caso não houvesse as preparações de Parighasana e a coisa até era dos deuses.
Mas definitivamente há postura que eu não consigo [ainda] fazer. Três minutos de halasana é pura tortura, pelo que não me lembro de ter conseguido alguma vez ouvir o timer tocar. Saio sempre antes.
Desde que fui a Madrid, Virabhadrasana I custa-me muito mais. São muitos os ajustamentos e apesar de achar que agora faço a postura de forma mais correcta, custa-me o dobro do que antes. É engraçado que de todas as vezes que lá vou, a Madrid, sinto uma postura de maneira diferente. Da outra vez tinha sido Uttanasana que, no meu caso, nunca mais foi a mesma. Provavelmente porque a fazia da maneira errada.
Depois, continuo sem fazer Viparita Karani e Savasana. Faço apenas uma das duas. Hoje, o menu foi Savasana mas tive de colocar um cinto nos olhos porque me dei ao trabalho de os sentir e, efectivamente, os desgraçados não param de andar de um lado para o outro. É perfeitamente incontrolável.
Depois, porque o Programa I é, para mim, o mais “simples”. Caso não houvesse as preparações de Parighasana e a coisa até era dos deuses.
Mas definitivamente há postura que eu não consigo [ainda] fazer. Três minutos de halasana é pura tortura, pelo que não me lembro de ter conseguido alguma vez ouvir o timer tocar. Saio sempre antes.
Desde que fui a Madrid, Virabhadrasana I custa-me muito mais. São muitos os ajustamentos e apesar de achar que agora faço a postura de forma mais correcta, custa-me o dobro do que antes. É engraçado que de todas as vezes que lá vou, a Madrid, sinto uma postura de maneira diferente. Da outra vez tinha sido Uttanasana que, no meu caso, nunca mais foi a mesma. Provavelmente porque a fazia da maneira errada.
Depois, continuo sem fazer Viparita Karani e Savasana. Faço apenas uma das duas. Hoje, o menu foi Savasana mas tive de colocar um cinto nos olhos porque me dei ao trabalho de os sentir e, efectivamente, os desgraçados não param de andar de um lado para o outro. É perfeitamente incontrolável.
domingo, 13 de abril de 2008
Ora agora escrevo eu sem estar particularmente inspirada mas posso inspirar-me nas minhas conversas com a kuki.
Tenho que admitir que o hábito da prática pessoal me pareceu, muito "familiar". Não me faz confusão nenhuma. Como disse à Kuki, faz-me lembrar os tempos do desporto. Não era agradável levantar-me ás 5.30 da manhã, mas chegava ao liceu escola às 8 horas e enquanto quase toda a gente estava a começar o dia, eu já tinha tido uma "vida" enquanto eles estavam na cama...
Portanto, vou tentar lembrar-me. no início senti os efeitos muito depressa: de repente estava mais calma e com muito menos da minha ansiedade que me faz pensar que qualquer coisa pode desaba em cima de mim a qualquer momento. Depois comecei a chatear-me com tanto trabalho de casa: fogo, já é muita coisa, muito tempo, isto é muito exigente e não quero e não faço blablabla. E para contrariar isso disse: Ok, hoje baldo-me, mas no fim da semana pelo menos o mínimo dos mínimos tem que estar cumprido. E a verdade é que chegava o fim da semana com o mínimo cumprido e acabava por me sobrar vontade para fazer mais qualquer coisa, talvez uma parte que tivesse asteriscos e que eu tivesse cortado ;)
E acho que andei assim uns tempos e depois acabei por perceber que ninguém me está a obrigar a nada, nem ninguém me há de criticar por eu não ser perfeita e eu de facto estou a praticar para mim, e não só para estar preparada para os fins de semana de alta competição do Patxi. Patxi disse que este ano nos iria valer imenso, porque nos dará bases para toda a vida, portanto não valia a pena estarmos lá a cerrar os maxilares. E realmente é isso mesmo... assim tiro um bocado da pressão da minha prática, não no sentido da qualidade de prática (bem, nisso faço o o que posso, seja melhor ou pior...) mas porque sei que pratico porque me faz bem, porque quero e não porque tem que ser! Aliás tem que ser porque eu quero e porque eu preciso. E se sinto peso na consciencia quando falho ou quando tenho consciencia que não fiz o meu melhor é porque sei que com a prática de yoga sou uma pessoa melhor e por isso não a posso descurar... Porque a verdade, é que o grande benefício que estou a tirar da prática de yoga é que me começo a interessar mais por outras coisas. O que para mim é MUITO importante, começa a parecer-me que a vida realmente tem muito valor.
E como até agora só falei do positivo:
Um problema que acho que estou a ter agora é saber onde está a linha que separa esta confiança do facilitismo e do pensar que não é preciso mais. Vamos ver se não é nisso que caio...
E continuo a ter dificuldade em séries muito grandes. Nas que ha a possibilidade para cortar corto, nas que não dá, bem, faço-as! Mas chego a meio e já estou a contar as posturas a ver quando acaba a série. Isso é me confunde, por um lado sei que gosto por outro isto significa que não sou assim tão dedicada... não sei. Ou então são precisos estes aparentes paradoxos para uma pessoa perceber o que é ao certo o objectivo da nossa prática.
Que confusão!!! Caneco...
A vantagem de um post grande é que ninguém o lê até ao fim :D
Tenho que admitir que o hábito da prática pessoal me pareceu, muito "familiar". Não me faz confusão nenhuma. Como disse à Kuki, faz-me lembrar os tempos do desporto. Não era agradável levantar-me ás 5.30 da manhã, mas chegava ao liceu escola às 8 horas e enquanto quase toda a gente estava a começar o dia, eu já tinha tido uma "vida" enquanto eles estavam na cama...
Portanto, vou tentar lembrar-me. no início senti os efeitos muito depressa: de repente estava mais calma e com muito menos da minha ansiedade que me faz pensar que qualquer coisa pode desaba em cima de mim a qualquer momento. Depois comecei a chatear-me com tanto trabalho de casa: fogo, já é muita coisa, muito tempo, isto é muito exigente e não quero e não faço blablabla. E para contrariar isso disse: Ok, hoje baldo-me, mas no fim da semana pelo menos o mínimo dos mínimos tem que estar cumprido. E a verdade é que chegava o fim da semana com o mínimo cumprido e acabava por me sobrar vontade para fazer mais qualquer coisa, talvez uma parte que tivesse asteriscos e que eu tivesse cortado ;)
E acho que andei assim uns tempos e depois acabei por perceber que ninguém me está a obrigar a nada, nem ninguém me há de criticar por eu não ser perfeita e eu de facto estou a praticar para mim, e não só para estar preparada para os fins de semana de alta competição do Patxi. Patxi disse que este ano nos iria valer imenso, porque nos dará bases para toda a vida, portanto não valia a pena estarmos lá a cerrar os maxilares. E realmente é isso mesmo... assim tiro um bocado da pressão da minha prática, não no sentido da qualidade de prática (bem, nisso faço o o que posso, seja melhor ou pior...) mas porque sei que pratico porque me faz bem, porque quero e não porque tem que ser! Aliás tem que ser porque eu quero e porque eu preciso. E se sinto peso na consciencia quando falho ou quando tenho consciencia que não fiz o meu melhor é porque sei que com a prática de yoga sou uma pessoa melhor e por isso não a posso descurar... Porque a verdade, é que o grande benefício que estou a tirar da prática de yoga é que me começo a interessar mais por outras coisas. O que para mim é MUITO importante, começa a parecer-me que a vida realmente tem muito valor.
E como até agora só falei do positivo:
Um problema que acho que estou a ter agora é saber onde está a linha que separa esta confiança do facilitismo e do pensar que não é preciso mais. Vamos ver se não é nisso que caio...
E continuo a ter dificuldade em séries muito grandes. Nas que ha a possibilidade para cortar corto, nas que não dá, bem, faço-as! Mas chego a meio e já estou a contar as posturas a ver quando acaba a série. Isso é me confunde, por um lado sei que gosto por outro isto significa que não sou assim tão dedicada... não sei. Ou então são precisos estes aparentes paradoxos para uma pessoa perceber o que é ao certo o objectivo da nossa prática.
Que confusão!!! Caneco...
A vantagem de um post grande é que ninguém o lê até ao fim :D
Yoga de alta competição
Se pensam que tirar um curso de Iyengar Yoga é canja, tirem o cavalinho da chuva. Aliás, é mais complicado do que fazer um curso superior. Este ano, eu a Luga metemo-nos nessa aventura. E como não há formação em Portugal, rumamos a Madrid para termos aulas com um dos mais prestigiados e exigentes professores europeus.
Mal sabia eu o que me esperava. Este primeiro ano, de pré-formação, vai simplesmente avaliar a nossa capacidade para entrar para o curso. No meu caso, não é particularmente importante entrar. Quando iniciei a pré-formação fi-lo no intuito de aprofundar a minha prática. Mas não sabia que ia ser tão “puxado”. E que me ia absorver tanto tempo, energia e, sobretudo, disponibilidade mental. Mas é um desafio. Um desafio que, sem qualquer margem para dúvidas, recompensa. Aliás, costumo dizer que é ponto sem retorno.
Hoje, sinto-me quase como uma atleta de alta competição, tentando encaixar a minha antiga vida numa nova postura que ainda estou a aprender a lidar com ela. É uma verdadeira aventura…
Mal sabia eu o que me esperava. Este primeiro ano, de pré-formação, vai simplesmente avaliar a nossa capacidade para entrar para o curso. No meu caso, não é particularmente importante entrar. Quando iniciei a pré-formação fi-lo no intuito de aprofundar a minha prática. Mas não sabia que ia ser tão “puxado”. E que me ia absorver tanto tempo, energia e, sobretudo, disponibilidade mental. Mas é um desafio. Um desafio que, sem qualquer margem para dúvidas, recompensa. Aliás, costumo dizer que é ponto sem retorno.
Hoje, sinto-me quase como uma atleta de alta competição, tentando encaixar a minha antiga vida numa nova postura que ainda estou a aprender a lidar com ela. É uma verdadeira aventura…
sábado, 12 de abril de 2008
apresentação
post de apresentação ;)
Lembrei-me de fazermos um blog em que falamos da nossa prática de yoga, depois de hoje à tarde, sábado, tinha eu estado a queixar-me de uma sensação de ressaca um ror de vezes (é tão irritante quando alguém faz isto, n é? lol) a kuki me ter perguntado, como muitíssimas vezes pergunta ... "Praticaste?" Ora eu sou daquelas pessoas que reagem muito mal quando alguém lhe pergunta o que faz ou deixa de fazer, e esta vez deve ter atingido o número mágico, tive que controlar o meu impulso de lhe mandar um murro, e só disse: "Nem te vou responder. A partir de agora não me perguntas mais isso nem eu te pergunto a ti." hihihi. Mas é obvio que queremos comparar percursos, que são inevitavelmente diferentes, e num blog podemos fazê-lo sem projectar as ansiedades uma na outra :) E já que nem eu nem a Kuki nos vemos a escrever num caderninho sobre a nossa prática (seria demasiado trabalho de introspecção, não achas, kuki?) num blog podemos deixar os nossos desabafos com um bom equilíbrio entre sinceridade e distanciamento.
Ah, talvez seja bom referir: eu e a kuki começamos este ano a aventura de uma prática pessoal de yoga Iyengar. É como andar à descoberta de um novo mundo. eh :)
Lembrei-me de fazermos um blog em que falamos da nossa prática de yoga, depois de hoje à tarde, sábado, tinha eu estado a queixar-me de uma sensação de ressaca um ror de vezes (é tão irritante quando alguém faz isto, n é? lol) a kuki me ter perguntado, como muitíssimas vezes pergunta ... "Praticaste?" Ora eu sou daquelas pessoas que reagem muito mal quando alguém lhe pergunta o que faz ou deixa de fazer, e esta vez deve ter atingido o número mágico, tive que controlar o meu impulso de lhe mandar um murro, e só disse: "Nem te vou responder. A partir de agora não me perguntas mais isso nem eu te pergunto a ti." hihihi. Mas é obvio que queremos comparar percursos, que são inevitavelmente diferentes, e num blog podemos fazê-lo sem projectar as ansiedades uma na outra :) E já que nem eu nem a Kuki nos vemos a escrever num caderninho sobre a nossa prática (seria demasiado trabalho de introspecção, não achas, kuki?) num blog podemos deixar os nossos desabafos com um bom equilíbrio entre sinceridade e distanciamento.
Ah, talvez seja bom referir: eu e a kuki começamos este ano a aventura de uma prática pessoal de yoga Iyengar. É como andar à descoberta de um novo mundo. eh :)
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