segunda-feira, 9 de junho de 2008

Transfusão de Yoga

Sempre que venho de Madrid parece que a prática de yoga se reinventa. É quase como se levasse uma transfusão de sangue que me ajuda a “aguentar” os próximos tempos. O intensivo foi, como sempre, excelente. Desta vez, trabalhamos muito a parte do externo superior, as meias axilas frontais, as omoplatas… Ou seja, hoje estou particularmente moída em todos esses sítios, mais nas lombares que parecem “chorar” por descanso.

Mas este intensivo foi particularmente “intenso” por duas ou três frases que o Patxi disse. Primeiro, é óbvio que o adorei ouvir dizer que savasana é a postura mais complicada do Yoga. Sobretudo porque não nos é pedida qualquer acção física e ficamos entregues a nós próprios. Nada que eu já não soubesse, mas a verdade é que sabe sempre bem ouvir dizer…

Depois vem o mais complicado. Pediu para usarmos mais os nervos sensoriais do que os motores. E aqui eu já me comecei a perder… E disse-nos ainda que para praticar Yoga torna-se imprescindível usar a imaginação para pormos em prática acções. [É complicado explicar… Mas, por exemplo, em determinadas posturas, para subirmos o sacro só mesmo imaginando que ele está a subir]. Não sei se está certo ou errado, mas interpretei imaginação como “visualização”.

Disse também que o Yoga não é definitivamente para todos. E que se passados seis ou sete anos não sentíssemos a prática para além da mera postura física talvez fosse melhor repensarmos a nossa opção. Eu não duvido que a minha perna vá acabar por rodar para a direita, ou que o meu queixo vá tocar as tíbias, ou que o joelho vá ficar alinhado… Com mais ou menos trabalho, tenho a certeza de que um dia acabarei por alcançar tudo isso.

O problema está em “sentir” as posturas. Vou conseguindo fazê-las, com mais ou menos dificuldade. Acho até que as vou conseguindo melhorar mas, sinceramente, ainda não as “sinto”. E ainda não as “penso”… E aqui entra a parte frustrante e muitas vezes desmotivadora de tudo isto. É que à medida que se avança no Yoga – falamos com pessoas sobre esta tema, interessamo-nos, lemos e temos acesso a mais professores – ficamos com a certeza de que há muito mais para além da geometria das posturas.

Às vezes, revejo-me numa reportagem que li há pouco tempo sobre os jovens candidatos a padres que estudam nos seminários. Eles, não questionavam a sua “fé”, mas duvidavam da sua vocação.

4 comentários:

Luísa disse...

Olha, nos começamos pratica pessoal ha 8 meses! 8 míseros meses!!!!

Spoon disse...

quem é esta gaja??
Ó Luga, tens um bug... daqueles que se metem por qq buraquinho só p virem meter nojo!

Luísa disse...

lol é verdade... vem infestar de "dúvidas" o blog ;)

Nerdy disse...

Mas se é dúvidas que eu tenho??? Olha, quem me dera escrever sobre outras coisas... Este blog tem censura, não escrevo mais para ele!!!