sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ui, há tanto tempo que não escrevo nada! Acho que é porque ultimamente ando numa fase esquisita: tanto estou com mil ideias na cabeça, como estou quase em exaustão, e por isso não consigo estruturar nada. A minha prática anda também diferente, um bocado dessa mesma forma. Em termos de quantidade, está mais ou menos na mesma, não consigo aumentar. Em geral, fisicamente na maioria das posturas sinto-me mais flexível. Mas também há outras em que sinto que tenho que fazer mais esforço, como se não tivesse tanta força (por exemplo, sirsasana). Mentalmente, lá está, estou cheia de ondulações!!! Há dias em que estou muito distraída... sinto muito isso principalmente em posturas de equilíbrio. Noutras posturas, acho que o facto de fisicamente não me custarem tanto faz com que me distráia mais facilmente (por exemplo, não me custa tanto fisicamente torcer-me em parivrtta trikonasana, mas perco facilmente o equilíbrio... ou então quando dou por mim estive 5m em sarvangasa com a cabeça a pensar noutra coisa qualquer), mas noutras, acho que estar fisicamente mais confortavel permite sentir coisas que não sentia antes.
Sabendo que pode parecer paradoxal, já se sabe que tenho uma paixão se calhar demasiado grande para ser saudável por nadar, mas às vezes noto que há coisas que retiro disso que depois me ajudam na prática de yoga. Por exemplo, eu já sei desde ha algum tempo que nas posturas temos que aprender a relaxar algumas partes do corpo sem perder energia nalguns pontos (talvez o esteja a dizer de forma demasiado brejeira...), mas claro que durante a prática não pensava muito nisso, talvez porque muitas vezes estou concentrada em puxar aqui, rodar ali, fazer força acolá... mas às vezes quando dou indicações nas aulas de natação, digo a alguém "ora estique bem os braços" e elas esticam, e esticam também as mãos. E depois digo, "mantenha os braços esticados... e agora relaxe as mãos" Ui, é uma complicação. Ou não conseguem mesmo relaxar as mãos, ou então relaxam-nas mas também deixam os braços morrer e dobrar... Ora é engraçado que para mim não é nada complicado, é quase intuitivo, só que não sei porquê. E hoje estava em Adho Mukha (com as mãos contra o rodapé) e normalmente eu penso muito em rodar a parte de cima dos braços para fora e descer os ombros... e estava a pensar nisso e de repente senti que estava a fazer muita força no pescoço, a puxa-lo em direcção ao chão... então deixei-o cair, como se estivesse pendurado entre os braços, pareceu-me que instantaneamente os meus ombros desceram e os trapézios relaxaram, sem eu ter que fazer a força do costume para isso.

Ui... queimei.